Nunca a cirurgia plástica foi tão difundida e popularizada. O que antes era um luxo para pacientes de classe social abastada, aos poucos foi se tornando realidade para a classe média.
Muitos foram os fatores que propiciaram o acesso de maior parte da população ao grande arsenal da cirurgia plástica e da medicina estética. Entre eles podemos citar:
1. A segurança e o grande desenvolvimento deste ramo da medicina, com cirurgias e procedimentos menos invasivos, mais rápida recuperação e menores taxas de complicações.
2. Grande exposição e difusão pela mídia.
3. Queda dos custos dos procedimentos.
4. Planos de pagamentos facilitados.
ATENÇÃO
Porém, junto com a maciça exposição pela mídia, surgiram empresas financiadoras de cirurgias plásticas. As quais acima da preocupação com a qualidade e a segurança, visam o lucro imediato. Tais empresas chegam a comercializar a cirurgia diretamente com o paciente sem antes mesmo que um cirurgião plástico avalie a indicação e o risco do procedimento.
Em desacordo com a mercantilização da medicina e zelando pela ética e boa prática da cirurgia plástica, o Conselho Federal de Medicina proibiu, através da Resolução CFM N º 1.836/2008, que:
”É vedado ao médico o atendimento de pacientes encaminhados por empresas que anunciem e/ou comercializem planos de financiamento ou consórcios para procedimentos médicos.”
Esta resolução visa a eliminação de intermediários entre os médicos e os pacientes. Tornando obrigatória a avaliação prévia, exposição dos riscos e benefícios do procedimento, colocando em primeiro lugar a segurança e a boa prática da medicina. E não o mercantilismo praticado por algumas destas intermediadoras.
Vale a pena ressaltar que o parcelamento das cirurgias e dos procedimentos médicos NÃO estão proibidos. Tal parcelamento poderá ser combinado diretamente entre o médico e o paciente. Sem intermediários.
Dr. André Gonçalves de Freitas Colaneri
Cirurgião Plástico Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica