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Como resolver a flacidez na vagina

Com o passar do tempo, as rugas e as linhas de expressão começam a denunciar a idade, o que é perfeitamente natural. Até porque nosso rosto é quase como um mapa que mostra o quanto já caminhamos e conhecemos desse mundo.

Os primeiros sinais do envelhecimento vêm acompanhados de redução das fibras de sustentação, flacidez e ressecamento da pele. Isso faz com que cada vez mais consultórios recebam mulheres a fim de fazerem as pazes com o espelho. Mas não é apenas a face que sofre com essas alterações… A vagina e a genitália também. Veja como resolver a flacidez na vagina.

Seu prazer em jogo

Você já deve ter ouvido falar que a vagina flácida ou “murcha” são um dos principais motivos de constrangimentos nas relações conjugais.

Mas quando o assunto é a intimidade, algumas das mulheres (felizmente, não todas) se sentem constrangidas em comentar sobre seus problemas, mesmo sentindo que alguma coisa está interferindo em sua vida sexual.

Por isso, é muito importante deixar de lado uma vez por todas os tabus e informar-se a fim de alcançar qualidade de vida e bem-estar.

Como acontece

Flacidez vaginal e genital é um problema geralmente apresentado em mulheres acima dos 40 anos. Com o passar dos anos, a pele – que é extremamente sensível na região genital – perde naturalmente a elasticidade e envelhece.

Outro fator causador é o afrouxamento do períneo (músculos da entrada da vagina) devido a múltiplos partos, por exemplo. O uso de doses altas de anabolizantes podem aumentar o clitóris e pequenos lábios vaginais, assim como  fatores genéticos também são determinantes nas modificações genitais.

Quem faz cirurgia de redução de estômago também pode passar pelo mesmo problema por causa da grande perda de peso (e gordura) e do acúmulo de pele.

Fatores que colaboram

  • Sedentarismo: quando a mulher fica por um longo tempo sem praticar exercícios físicos as fibras musculares do seu corpo podem passar a apresentar hipotrofia, ou seja, insuficiência nutricional;
  • Tabagismo: consumo constante de cigarros são altamente prejudiciais ao perfeito funcionamento do organismo;
  • Sucessivos partos: ocasionam laceamento dos músculos pela passagem do bebê no canal vaginal, músculos esses que podem não retornar às suas condições originais e ficam mais “relaxados” que o normal.

Sintomas além da aparência

As causas agora você já sabe, mas você deve estar se perguntando: “como ter certeza dessa condição de frouxidão do canal vaginal?”. Pelos sintomas. Além da aparência flácida, pacientes normalmente também se queixam:

  • De frouxidão;
  • Vazamento de ar (gases) pela vagina durante a relação sexual;
  • Incontinência urinária. Para muitas mulheres, inclusive, o simples ato de espirrar ou tossir pode gerar um constrangimento de perder urina involuntariamente.

Mas para se ter um diagnóstico preciso, a mulher deve passar por uma consulta com um ginecologista. Mediante uma avaliação será possível constatar a existência dessa condição.

Caso seja identificado a presença do problema, a solução que se mostra mais adequada, segura e eficiente é a cirurgia íntima.

A cirurgia

Como pudemos perceber, a flacidez na vagina e da genitália é comum em torno dos 40 anos ou próximo à menopausa, época na qual há uma grande absorção da gordura dos grandes lábios, fazendo com que a pele fique flácida e cheia de rugas, dando um aspecto murcho e envelhecido.

Nos casos em que há falta de volume é realizado um enxerto de gordura. Muitas vezes apenas o enxerto resolve a flacidez, por esticar a pele flácida. Parte do enxerto é absorvido em até dois meses (em torno de 40%), mas o que fica permanece com o tempo e não costuma dar complicações, visto ser a gordura do próprio paciente.

Laser

Nos casos de flacidez leve, o uso do laser para correção da flacidez dos grandes lábios vaginais é uma opção. O uso do laser nos grandes lábios vaginais leva à uma retração da pele, com melhora da flacidez. Pode também ser usado para clareamento da pele local e também para estreitamento do canal vaginal.

Para melhores resultados nestes casos, costuma-se indicar mais de uma sessão.

Caso além do enxerto seja necessária a retirada de pele, esta é realizada por uma incisão na parte interna dos grandes lábios, na transição onde acabam os pêlos, a fim de deixar a cicatriz bastante discreta.

Redução dos grandes lábios vaginais

A cirurgia visa à redução da pele dos grandes lábios e reconstituição do seu volume normal, corrigindo a alteração estética e deixando-os mais túrgidos e lisos.

Anestesia

A cirurgia é comumente realizada com anestesia local e sedação. A cirurgia demora cerca de 40 minutos no caso do enxerto de gordura ou retirada de pele simples. Na associação do enxerto com a retirada de pele, dura em torno de 90 minutos.

Tempo de internação

A alta é no mesmo dia, depois de cerca de 6 horas do término da cirurgia.

Pós-operatório

O pós-operatório da redução dos grandes lábios vaginais não costuma ser doloroso, sendo prescritos apenas analgésicos comuns. Há um edema (inchaço) moderado da região, que costuma regredir em torno de 14 dias. Pode ocorrer equimose (roxeado) local, a qual regride também em torno de 14 dias.

A volta ao trabalho poderá ser depois de 3 dias da cirurgia, evitando-se esforços físicos.

As relações sexuais deverão ser evitadas por no mínimo 30 dias. Não há necessidade de retirar pontos, visto que a sutura é realizada com pontos absorvíveis.

Complicações

Apesar de muito raras, podem ocorrer: hematoma, infecção, deiscência (abertura de pontos) e cicatrizes de má qualidade.

Resultado

Como qualquer cirurgia plástica, o resultado definitivo ocorre depois de 6 meses, tempo para o amadurecimento da cicatriz. Porém 80% do resultado já é alcançado depois de 2 meses da cirurgia.

Lembrando que a mulher que entra na menopausa com boa autoestima, bom relacionamento amoroso, se sentindo amada e livre de alguns tabus para viver o sexo e sua sexualidade amplamente, colhe o melhor dessa fase.

Dê preferência à sua segurança

Para que seja possível obter os resultados desejados, é determinante a escolha de um cirurgião plástico capacitado e experiente. Para isso, existem alguns passos que podem ser seguidos e possibilitam uma escolha mais assertiva e segura do profissional para a realização de uma cirurgia íntima. Por exemplo: acompanhar sua repercussão e valores na internet, buscar por depoimentos de pacientes e principalmente, se certificar que o cirurgião é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Publicado por
Dr. André Colaneri - CRM-SP 87886