Nada como se exercitar ao ar livre, com conforto e relaxado. A sensação de liberdade e bem estar supera em muito os exercícios em ambientes fechados ou isolados de outras pessoas.
Roupas adequadas, leves, antitranspirantes ajudam muito a ventilação e a evaporação do suor. Mas e o cabelo? Um cabelo comprido, volumoso, pode incomodar, retendo o calor e o suor. Portanto, nada mais comum do que o uso do cabelo preso para evitar tal desconforto.
Para quem tem orelhas em abano, prender o cabelo é uma alternativa inexistente. As orelhas expostas causam desconforto, medo de bullying, constrangimento, vergonha. Há mulheres e homens que nunca prendem o cabelo, de forma alguma. Os homens deixam o cabelo crescer por sobre as orelhas, para ocultas. A prática de exercícios ao ar livre, que geralmente é relaxante para a maioria das pessoas, passa a ser desconfortável. Outros exercícios como balé então, evitam, já que é obrigatório o cabelo preso.
A boa notícia é que a otoplastia, a cirurgia plástica para correção das orelhas em abano é uma cirurgia de pequeno porte, realizada com anestesia local e sedação, alta no mesmo dia. Muitos pacientes que não lidam com o público, retornam ao trabalho de escritório em poucos dias. Um inchaço e roxidão é comum por 14 dias, sendo importante evitar exercícios por ao menos um mês.
Como as orelhas já chegam próximas do seu desenvolvimento total aos 6 anos, a cirurgia pode ser realizada em crianças nesta idade, para evitar problemas de bullying na escola e traumas psicológicos por toda a vida.
Com a autoestima recuperada, despidos de constrangimento, muitos pacientes cortam os cabelos ou retornam ao consultório com cabelos presos e sorriso no rosto. A melhor recompensa é saber da melhora da qualidade de vida proporcionada pela cirurgia, possibilitando ao paciente um melhor convívio social, prática de exercícios e escolha do figurino conforme desejar, sem impedimentos.
Dr André Colaneri @dr.andrecolaneri
Especialista e Membro Titular da Soc. Bras. de Cirurgia Plástica