Blog

Como tratar a Ginecomastia?

Homens com Ginecomastia sofrem com peitorais protuberantes, e tem sua vida limitada por conta da insegurança de conviver com isso. Por esse motivo resolvi trazer o assunto para tirar todas as dúvidas a respeito do que causa, quais os sintomas e como tratar a Ginecomastia.

O que é a Ginecomastia?

A Ginecomastia é uma condição clínica e estética classificada pelo crescimento considerado anormal de uma ou ambas as mamas no paciente do sexo masculino. Essa é uma condição comumente observada no início da puberdade (entre os 12 e 13 anos), graças a ação dos hormônios no organismo do paciente – que ainda estão desequilibrados.

Na grande maioria dos casos o crescimento da mama volta ao padrão normal, visto que a secreção hormonal se regula com o avanço da idade do adolescente, porém, em alguns casos é possível perceber uma persistência dessa condição – situação que pode afetar a autoestima de muitos homens.

O que causa essa condição?

Os seres humanos produzem hormônios androgênicos e estrogênicos. Os androgênicos desenvolvem as características masculinas e os estrogênicos desenvolvem as características femininas. Quase sempre a Ginecomastia deve-se a um desequilíbrio nos níveis desses hormônios. Na grande maioria dos casos o aumento do tecido mamário é o principal responsável pela Ginecomastia tradicional, como consequência dessas alterações hormonais.

Lembrando que a queda de testosterona pode acometer homens em algumas situações específicas também, tais como:

  • Uso de drogas (álcool, drogas psicoativas, heroína, esteroides anabolizantes, remédios para quimioterapia, etc);
  • Insuficiência renal;
  • Hipertireoidismo;
  • Doença hepática;
  • Tumores;
  • Defeitos congênitos;
  • Tratamento com radiação nos testículos.

Pouco comum é o câncer de mama em homens, mas também pode ser causa do aumento da glândula mamária.

Já a Ginecomastia causada pelo acúmulo de gordura pode ter associação com quadros de sobrepeso e obesidade.

Sintomas

A Ginecomastia não costuma causar maiores problemas além do aspecto feminino e dor nas mamas. Entre os sintomas e sinais, o paciente poderá sentir:

  • Acúmulo de gordura na região;
  • Dores e sensibilidades nas mamas;
  • Coceiras;
  • Crescimento fora do normal das mamas;
  • Galactorreia (fluxo de leite), em alguns casos.

Tipos de Ginecomastia

Na maioria dos casos, o crescimento do tecido mamário ocorre em ambos os lados do tórax em quantidades aproximadamente iguais, resultando em Ginecomastia bilateral. Assim como nas mulheres, no entanto, é comum que um lado seja um pouco maior que o outro.

Em casos mais raros, o crescimento é apenas unilateral. O inchaço unilateral da mama deve sempre ser verificado por um médico, pois pode ser causado por outras coisas que não sejam a Ginecomastia real – incluindo o câncer de mama que pode precisar de tratamento.

Quando a cirurgia plástica é a solução?

A cirurgia de Ginecomastia é indicada quando os medicamentos (como Tamoxifeno) não causam o efeito esperado, mas para realização do mesmo é necessário:

  • Possuir físico saudável e peso relativamente normal;
  • Possuir expectativas realistas;
  • Ter o quadro de desenvolvimento da mama estabilizado;
  • Não ter se adaptado a métodos alternativos;
  • Não tabagista.

Exames pré-operatórios

Um pré-operatório de Ginecomastia bem feito é fundamental. Primeiro deve ser realizado alguns exames relacionados à parte hormonal, depois é necessário realizar um exame de imagem (ultrassom ou mamoplastia) para descartar possíveis nódulos. Por fim, os exames de rotina referentes a risco cirúrgico que devem estar presentes em qualquer cirurgia.

Pós operatório

No pós-operatório é preciso observar o peito, pois pode mostrar algum inchaço ou ficar sensível. O edema pós-operatório dura até cerca de 2 meses, mas a falta de sensibilidade local, embora transitória, pode permanecer até um ano.

O paciente deverá ficar afastado de esforços por 21 dias. Deve-se usar uma malha compressiva por aproximadamente 1,5 meses. Não é comum haver dor importante, apenas um leve desconforto, contornável com analgésicos e anti-inflamatórios comuns.

É comum inchaço e roxidão na área operada, que perduram em torno de 14 a 21 dias. Pode haver alteração da sensibilidade da aréola, geralmente transitória.

Complicações

As complicações relacionadas ao tratamento cirúrgico da Ginecomastia são raras, mas algumas vezes ocorrem irregularidades na superfície da mama e alterações na forma ou na posição do mamilo.

O tão aguardado resultado

O resultado final da correção da Ginecomastia é alcançado entre 6 meses e 1 ano, com o amadurecimento da cicatriz, porém com 2 meses já se obtém 80% da forma definitiva.

Como vimos, a Ginecomastia tem sim tratamento, especialmente para aqueles pacientes que, mesmo com o avanço da idade, ainda persistem com essa condição estética indesejada pela maioria dos homens.

Em geral, se trata de uma cirurgia simples e de rápida recuperação. Ela é, sem sombra de dúvidas, a melhor solução estética para se ter mais qualidade de vida, com liberdade e auto estima.

Qual profissional devo procurar?

Alguns especialistas podem diagnosticar a Ginecomastia como o endocrinologista, clínico geral ou cirurgião plástico.

O diagnóstico é feito com base na inspeção das mamas, realizando exames físicos em que o paciente deita de costas, e o médico palpa as mamas. A palpação pode detectar um tecido firme ao redor do mamilo, com uma consistência elástica, caso de Ginecomastia verdadeira.

E como vimos a Ginecomastia tem cura, basta procurar ajuda médica assim que notar os sintomas. É também importante que não se automedique e procure evitar os anabolizantes, ok?

Caso este artigo sobre Ginecomastia tenha lhe ajudado, deixe um comentário. E se você já foi diagnosticado com o problema, entre em contato. É a hora de solucionar isso.

Publicado por
Dr. André Colaneri - CRM-SP 87886